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No dia 6 de abril, às 18h, na sala 18, ocorreu uma atividade realizada pelo centro acadêmico que tinha como objetivo discutir com os departamentos e comissão de ensino do curso de Ciências Sociais as questões mais latentes entre os estudantes. Estiveram presentes o Prof. Alexandre Braga Massella (Departamento de Sociologia) e a Profª. Ana Claudia Marques (Departa,mento de Antropologia) pela Comissão de Graduação e o Prof. Vagner Gonçalves da Silva – chefe do Departamento de Antropologia.
1. Oferecimento de disciplinas obrigatórias e optativas:
Durante a atividade, os alunos puderam colocar suas questões. A maior parte da conversa girou em torno das disciplinas oferecidas: Qual o mérito para a escolha de determinados temas que serão abordados pelas matérias oferecidas em decorrência de outros? As disciplinas optativas estabelecem algum tipo de continuidade temática entre elas e em relação ao ciclo básico? O oferecimento de disciplinas é subordinado à temática das pesquisas dos professores à disposição? Como tratar o caso de estudantes que ficaram sem nenhuma matéria devido aos problemas citados? Como se dá a mudança da licenciatura?
Além do problema das optativas e licenciatura, outras questões que mereceram destaque neste ponto como o não oferecimento de matérias de outros cursos que seriam fundamentais para a nossa grade de matérias (bases de história, filosofia, geografia, etc.) e o oferecimento de matérias obrigatórias em outras unidades.
Como resposta, os estudantes souberam quais são os critérios de oferecimento das matérias de graduação e pós-graduação. Primeiramente fomos informados que a disciplina optativa “Formação do Pensamento Brasileiro” será oferecida no semestre que vem. Os professores também informaram que o número de docentes disponíveis atualmente nos departamentos dificulta muito o aumento de matérias. E que além do cumprimento do oferecimento das obrigatórias (ciclo básico do curso), dos períodos de afastamento e licença, poucos professores ficam livres para dar matérias optativas. Neste sentido, foi apontada a questão do critério de escolha das disciplinas obrigatórias do curso e a reserva de vagas em outras unidades. Soubemos que as matérias optativas são oferecidas de acordo com a linha de pesquisa dos professores, o que não garante o oferecimento de matérias que os estudantes poderiam considerar importantes em sua formação. Por último, sobre a questão da licenciatura, fomos orientados a procurar a Profª Ana Paula Hey. Assim, cabe ao corpo discente em conjunto com o corpo docente discutir sobre novos critérios de escolha e atualização do currículo do curso.
2. Xerox e Pró-aluno:
Outras questões foram levantadas em torno da obtenção de textos para leitura. Nosso curso é um dos que exige a maior carga de leitura semanal, desta forma mudanças no xerox ou na sala pró-aluno podem afetar muito o nosso estudo. Soubemos que a transição de empresa ocorreu via licitação e que esse processo de mudança ocorreu de forma conturbada que gerou filas enormes no início do ano e uma desestrutura com relação ao oferecimento de textos obrigatórios das disciplinas. O Prof. Vagner nos informou que conversou com o dono da nova empresa de xerox e pode nos dar algumas idéias para solucionarmos o problema do Xerox. Uma das soluções encontradas é a possibilidade dos estudantes pedirem suas cópias de texto por telefone (3031-5801) pela manhã e só passarem lá pra retirada e pagamento do pedido. Além disso, pedidos coletivos também agilizam o atendimento. Para além dessas idéias, nós estudantes podemos averiguar se as condições de atendimento (número de máquinas e funcionários) estão de acordo com a demanda do curso.
Também soubemos que o número máximo de páginas impressas na sala pró-aluno sofreu uma redução no começo do ano: de 30 páginas por dia para 100 por mês. A Profª Eunice Ostresky já entrou em contato com o coordenador da sala pró-aluno para saber o motivo da mudança e fará o repasse da resposta.
3. Instituto Júnior:
Por último, os professores foram questionados sobre a implementação do Instituto Júnior. As questões foram as seguintes: Qual é o acúmulo dos departamentos sobre isso? Os departamentos foram informados da implementação? Como o Instituto Júnior tem o endereço do prédio? Sobre essas questões, tanto o departamento de Sociologia como de Antropologia explicitaram que não foram informados ou consultados sobre a implementação do IJ e localização do mesmo. Neste sentido, essa será um assunto que deverá ser pautado tanto pelos estudantes como pelos departamentos ao longo do ano.
4. Calendário:
Assim, a gestão atual do CEUPES agradece a presença dos professores e alunos e espera que esse espaço nos instrumentalize para que os estudantes de Ciências Sociais possam a partir do acúmulo das discussões avançarem nessas questões. Por isso, chamamos um GT Currículo no dia 13/04, às 18h, no Espaço Verde e uma conversa com os Representantes Discentes no dia 15/04, às 18h, no Espaço Verde. Estão todos convidados! Levem suas questões e contribuições!
O Movimento Estudantil luta por uma educação pública, gratuíta e de qualidade para que todos e todas tenham de fato acesso a esse direito sem que haja qualquer tipo de exclusão. Nesse sentido também defendemos esses princípios em relação a outros direitos sociais como a saúde, cultura, moradia, transporte etc. O transporte é um direito tão fundamental como qualquer outro, pois como usufruir de tais direitos sem ter acesso a eles? Em outras palavras, do que adianta defendermos uma educação pública, se a população não tem como chegar a sua escola ou universidade, já que a idéia predominante de transporte público hoje exclui milhões de pessoas, principalmente aquelas de renda mais baixa que não tem como pagar a tarifa. Segundo os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2006 cerca de 37 milhões de brasileiros não podiam pagar pelas tarifas do transporte público e, por isso, se locomoviam a pé. É contra essa lógica de privatizar o que é público, da preferência do lucro dos empresários ao invés do que é melhor para a população, que o a gestão “A estrada alem do que se vê” convida os estudantes de Ciências Sociais a participarem das mobilizações contra o aumento da tarifa.
Mais informações no site: http://barraroaumento.wordpress.com/
Nós, da gestão A estrada vai além do que se vê, marcamos para o dia 08/12/09 a realização de uma plenária, no prédio de Ciências Sociais com pauta “Eleições para o DCE”. Acreditamos que seria de fundamental importância que se realizasse um fórum aberto de debate entre os estudantes com esse tema. Assim, foram realizadas passagens em sala, distribuição de panfletos e divulgação pela internet. Apesar do esforço de construção, o fórum não pôde acontecer devido ao esvaziamento do prédio nesse dia, causado pelos problemas de trânsito que se passaram na cidade de São Paulo com a chuva e cancelamento de aulas e provas ministradas no prédio.
Tendo em vista o compromisso assumido por essa gestão nas recentes eleições com a construção de fóruns legítimos, que realmente possam ser a conseqüência do debate amplo entre o conjunto de estudantes, não consideramos razoável manter um fórum deliberativo nessas condições. Além disso, com o encerramento de boa parte das disciplinas e com a aplicação de provas em outras, não é possível ter-se, nos próximos dias dessa semana, espaço real de discussão e deliberação do conjunto de estudantes. Isso significa que defendemos que os fóruns do Movimento não devem ser espaços restritos e em que a vontade de uma minoria esteja sobrerepresentada pela ausência do conjunto de estudantes. Quando não há condições para que se tenha debate com qualidade e deliberação real, não cremos que apenas a forma do fórum dê conta de seu conteúdo democrático. Nossa disposição é fazer com que a entidade representativa dos estudantes de Ciências Sociais não se furte a posicionar-se e que, para tanto, sempre devemos buscar a forma mais legítima de fazê-lo. No momento atual do Movimento Estudantil da USP, a gestão recém-eleita do CEUPES não agirá de modo diferente e levará seu posicionamento ao conjunto de estudantes da USP.
A diretoria do CEUPES entende que as discussões que se travarão no próximo Conselho de Centros Acadêmicos são de grande importância para os rumos do Movimento Estudantil da USP. Ao longo dos anos, o Movimento Estudantil tem sido o instrumento de vocalização de reivindicações e de transformação da Universidade e da educação. As entidades construídas historicamente pel@s estudantes da USP têm o importante papel de estimular o debate político e organizar @s estudantes em prol da defesa de uma educação pública e de qualidade. Os Centros Acadêmicos e o DCE sempre tiveram a missão de construir um Movimento Estudantil democrático e de estar na vanguarda de sua defesa nos momentos em que se pretende desconstruir sua legitimidade.
Dessa forma, entendemos que quaisquer tentativas de modificar as regras que conduzem o processo eleitoral para o DCE da USP após a realização das eleições trarão conseqüências nefastas para a entidade e para o Movimento Estudantil, além de desrespeitar e ser alheias à vontade expressa num processo eleitoral com participação recorde de quase 10 mil estudantes. Por isso, no próximo Conselho de Centros Acadêmicos, não tergiversaremos em manifestar-nos pela legitimidade da eleição, de acordo com o que apontar o parecer definitivo da Comissão Eleitoral (composta por 28 Centros Acadêmicos) e com as disposições do Regimento Eleitoral referendado em Assembléia Geral d@s Estudantes da USP e construído em Conselho de Centros Acadêmicos com 25 CAs dos diversos cursos e campi. Reafirmamos, assim, nosso compromisso com a construção de um Movimento Estudantil realmente democrático, que não ceda a pressões outras que não aquelas de organizar os estudantes, respeitando seu real debate e opinião, visando a estimular a discussão sobre nossa realidade e o avanço em busca da melhoria da educação e da sociedade.
Convidamos, assim, tod@s estudantes a comparecerem ao CCA (Conselho de Centros Acadêmicos) no sábado, dia 12/12, às 14h na Enfermagem, em Pinheiros!
Atenciosamente,
Diretoria do CEUPES
Gestão “A estrada vai além do que se vê” 2009/2010
CEUPES 2010 